
Professora emérita de Filosofia, foi diretora do Programa de Graduados em Filosofia na Universidade de York em Toronto. Alí também foi a primeira mulher eleita como professora pesquisadora destacada em 1007, uma das honras universitárias mais altas. Em dezembro de 2009 foi destacada como a filósofa do ano por SWIP (Sociedade de Filósofas) que tem várias sedes em distintas partes do Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. Nasceu em 1937 no seio de uma típica família WAP formada por seus pais e três irmãos. Seus pais se conheceram enquanto concorriam ao coro da igreja em uma pequena cidade de Ontário. O tema sobre as mulheres aparece muito cedo em sua vida, já que o conhecimento se apresentava como privilégio dos homens da sua família. Em seus primeiros anos de estudante universitária entrou em contato com a filosofia (que não pensava em se dedicar) se introduzindo no pensamento existencialista e de autores como Nietzsche e Heidegger, além de cursar um seminário sobre filosofia analítica. Cursou sua graduação na Alemanha (1958-1959), onde cursou cursos de filosofia e literatura Alemanha e leu Merleau-Ponty em francês para discuti-lo em alemão. Descobriu entre as diferenças linguísticas e culturais que a experiência e a linguagem se constituem reciprocamente. Em 1965 volta ao Canadá casada com Murray Code e com o primeiro de seus três filhos que teria seis meses. Em 1972 defende seu primeiro doutorado com a tese: “Conhecimento e subjetividade”. Sua pesquisa se desloca em distintas direções sobre o tema da relação do conhecimento e da subjetividade, tais como: responsabilidade epistêmica e principalmente se preocupa com as possibilidades e as limitações que oferecem aos espaços teóricos; imaginações ecológicas e as politicas na situação epistêmica. Em 1978 conhece Mary O’Brien e seu debate sobre o “Empoderamento das mulheres”, permitindo que ele percebesse as incongruências que encontrava no divórcio entre seus pensamentos filosóficos e suas atividades cotidianas. Entre suas obras se encontram inúmeros artigos publicados em diversas antologias: What Can She Know? Feminist Theory and the Construction of Knowledge (1991); Changing Patterns: Women in Canada, com Sandra Burt e Lindsay Dorney (1993); Retorical Spaces: Essays on (Gendered) Locations (2000); Encyclopedia of Feminist Theories (2001); “Feminist Interpretations of Hans-Georg Gadamer”, em Code (2003); “Ecological Thinking: The Politics of Epistemics Location”em Studies in Feminist Philosophy (2006).
*Grande parte da informação aqui transcrita provém de “Inconguities”, autobiografia que foi escrita a pedido de George Yancy.
Teresa de Lauretis
Professora de História da Consciência na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em um programa interdisciplinar de doutorado. Professora visitante em várias universidades do Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Holanda, entre outros países. É autora de numerosos ensaios e livros sobre literatura, cinema, semiótica e teoria feminista, e escreve tanto em inglês como em italiano. […]